Mais
de 1.700 pessoas em todo o Japão afirmaram ter ficado doentes por consumir
alimentos congelados contaminados com pesticidas, anunciou nesta quarta-feira o
canal de televisão NHK.
O
presidente da empresa Aqlifoods, fabricante dos produtos incriminados, foi
convocado pelo ministro do Consumo, Masako Mori, que manifestou sua irritação
com a demora da empresa em advertir as autoridades sanitárias e prevenir os
clientes.
Até
terça-feira (7) foram registrados 360 casos, mas desde que a imprensa divulgou
a notícia foram feitas novas denúncias e o número de vítimas cresceu
rapidamente.
No
fim de dezembro, a filial Aqlifoods do grupo japonês Maruha Nichiro Holdings
apontou a presença inexplicada de um pesticida chamado Malathion em diversos
produtos congelados confeccionados em uma fábrica da cidade de Gunma, a
noroeste de Tóquio.
Vários
clientes detectaram um odor estranho em alimentos, sobretudo em croquetes e
pizzas, e avisaram a empresa.
Os
alimentos foram retirados da venda, mas pessoas que os ingeriram foram
afetadas.
Um
bebê de nove meses precisou ser hospitalizado de urgência depois de ter comido
os croquetes contaminados.
No
total, mais de 1.700 pessoas de quase todas as cidades do Japão apresentaram
sinais de diarreia, vômito e outros transtornos.
A
maior quantidade de casos, mais de 200, foi registrada na cidade de Hokkaido,
no norte do Japão.
A
empresa decidiu retirar da venda mais de 6,4 milhões de artigos, mas até o
momento só conseguiu recuperar 1,49 milhões, menos de um quarto do número
total.
Entre
29 de dezembro, quando a Aqlifoods fez o primeiro anúncio de retirada dos
alimentos, e 7 de janeiro a empresa recebeu 630.000 chamadas de consumidores
inquietos.
A
polícia abriu uma investigação para determinar a origem da contaminação.
A
quantidade de pesticida medida nos produtos afetados é tão alta que levantou a
suspeita de uma introdução deliberada de Malathion, um inseticida utilizado na
agricultura e de fácil acesso para os particulares.
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