A
importância das relações sociais para a saúde física e psicológica vem sendo
estudada há muitos anos. Abordagens teóricas e empíricas sugerem uma influência
do padrão de relações sociais de um indivíduo sobre sua saúde.
Uma
pesquisa recentemente publicada na revista científica American Journal of
Public Health testou a hipótese desta influência utilizando metodologia
científica adequada. Com o objetivo de explorar a relação entre isolamento
social e mortalidade, um grupo de pesquisadores americanos analisou dados de
mais de 16 mil pessoas. Foi usado um índice de relações sociais para medir o
isolamento social. Neste índice são consideradas quatro variáveis:
- se
a pessoa é casada;
-
contato com outras pessoas;
-
participação em atividades religiosas;
- participação
em atividades de clubes ou outras organizações.
Os
escores variaram de 0 a 4 conforme a presença ou ausência de cada um dos quatro
itens. A nota 0 representava o maior isolamento social e a nota 4 o menor
isolamento social.
Os
resultados demonstraram que pessoas com maior isolamento social apresentam um
risco maior de mortalidade por qualquer causa, quando comparados com as pessoas
de menor isolamento social. Foi observado também um gradiente no risco, com
maior isolamento associado a maior risco de morte.
Além
disso, este fator de risco apresentou a mesma intensidade de outros fatores de
risco, tradicionalmente avaliados na clínica médica como preditores de morte
prematura, dentre eles fumo e hipertensão arterial.
Além
de servir como um potente marcador de saúde (comparável a fumo e hipertensão)
para avaliações clínicas, por ser um fator de risco modificável, o isolamento
social pode sofrer ações de prevenção, com resultados de médio e longo prazo
positivos para a saúde, similares a deixar de fumar e controlar a pressão
arterial.

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